AYRTON SENNA DA SILVA

Ayrton nasce em S. Paulo no ano de 1960, é filho de uma família de média alta burguesia.
Aos seis anos de idade seu pai Milton oferece-lhe como presente de aniversário um karting e assim nasce um génio com o DNA para a alta roda da competição.
Inicia-se no campeonato de karting em seu país, sendo a próxima etapa o campeonato do mundo. Recordo o ano de 79 em que Senna vem correr ao Estoril e com todas dificuldades de carburação termina as últimas voltas com uma mão no volante e a outra no carburador, consagrando-se vice campeão apesar destas dificuldades.
Na Europa mais propriamente em Inglaterra pilota um Formula 3, é campeão.
No Brasil senta-se pela primeira vez ao volante de um Formula 1 para pilotar um Toleman Hart Turbo que se arrastava pelas pistas de todo mundo.
Em 1985 no Autódromo do Estoril corre com o Lótus Renault da John Player Special, faz a pole position à chuva, a volta mais rápida e vence a sua primeira corrida.
Posteriormente Ayrton pilotou para a Mclaren Honda na qual teve lutas de cortar a respiração com o seu amigo e rival de team Alain Prost.
Entre os demais pilotos referem-se Nigel Mansell e Nelson Piquet em que Senna teve que se bater por inúmeras vezes para lá dos limites com estes dois grandes pilotos e que em tom de desabafo verbalizava: “… hoje pilotei com a mão de Deus…”.
Termina a sua carreira na Williams Honda de Sir Frank Williams e no grande prémio de Imola na curva de Tamburelo de forma trágica e inexplicável embate contra um muro de betão terminando assim a sua caminhada por este mundo. Uma perda que enlutou todo o mundo mesmo aqueles que não gostavam de formula 1, uma perda do maior piloto de todos os tempos com um carisma, profissionalismo e garra de vencer muito acima de qualquer piloto.
Assim não será nunca para esquecer o seu palmarés em que após três campeonatos mundiais, quarenta e um triunfos e 65 poles position ao longo da sua carreira em Team´s com carros que marcaram uma década e uma geração.
Adeus Senna nunca serás esquecido

MICHAEL SHUMMACHER E A SUA CARREIRA

Michael começou como quase todos os pilotos de F1 na escola de Karting, na sua terra natal Kerpen, Alemanha e desde muito jovem vence o campeonato do seu país.
Em 1989 ingressa na Formula 3 na Alemanha.
Ano seguinte e com a ajuda da Mercedes vai pilotar os Sport Protótipos, sendo seu companheiro de Team Karl Wendlingher na Sauber Petronas.
Em 1991 é convidado por Eddy Jordan para correr pela 1ª vez na F1 em Jordan e leva este vestuto a um sensacional 7º lugar final.
Na próxima corrida é convidado pela Benneton /Ford de Flávio Briattore, onde permanece até o ano de 95 com dois campeonatos de pilotos ganhos.
Ano 1996 entra na Ferrari e permanece até à sua retirada, o corrente ano (2006) em São Paulo no grande prémio do Brasil.
O trunfo de Shummy foi rodear-se de todos os meios técnicos e humanos, nomeadamente digníssimos senhores como: Ross Brawn, Jean Todt e Luca de Montezemolo, construindo um estatuto dentro da própria Ferrari.
Assim, com esta estratégia aniquilou todos os seus companheiros de Team, mas perdeu Carisma ao não ter que se confrontar com um piloto de armas iguais às suas. Isso sim é uma grande lacuna para um piloto com um palmarés invejável como Shummy mesmo vencendo mais cinco títulos na Ferrari e alcançando 91 vitórias e 68 pole position.
Virtudes e erros também os teve como o comum dos mortais, pois não olhava a meios para atingir os seus fins, pondo por vezes a sua integridade física em risco e a dos outros pilotos.
Recordo-me o ano de 94 ter batido com o Benneton na última corrida e atirado o seu carro propositadamente contra Damon Hill na Williams para vencer o campeonato do mundo. Efectua precisamente a mesma manobra com Jacques Villeneuve, não permite a ultrapassagem a Hakkinen na Bélgica tapando todos os buracos possíveis e imaginários mas Mika ultrapassa por fora na recta Kemmel e ainda como se não fosse suficiente estaciona o seu Ferrari em Rascasse no Mónaco simulando uma avaria para ninguém bater o seu tempo.
Feitos também os teve como ao despedir-se em grande no Brasil tendo um furo e cair para ultimo lugar, fez uma corrida de trás para a frente e conclui em quarto a poucos segundos de ir ao pódio.
Em 99 na Malásia após o seu acidente em Silverstone onde fracturou a perna, chegou viu e venceu.
Um piloto que vai ser recordado por longos anos, mais pelo seu palmarés, mas que não teve o carisma nem o respeito que os pilotos e os Fãs em todo mundo tiveram pelo malogrado Ayrton Senna da Silva.

HOMENAGEM A ANTONIO BARROS

António Barros era um piloto a todo o título louvável e digo era porque já não faz parte deste mundo, infelizmente.
Muito competitivo e destemido como nunca vi em toda a minha vida, nunca virava a cara à luta e por vezes com carros inferiores aos seus adversários, nunca desistia. Recordo-me por inúmeras vezes as corridas do Grupo 2/ 3/ 4/ 5 acima de 1300cc em Vila do Conde no início dos anos 80 com o Porche Aurora, da garagem Aurora do Mestre Eduardo, lutar com Roberto Giannone em Porche Carrera RSR preparado em França nos irmãos Almmeras e ainda com Celestino Pereira no Detomazo Pantera, não esquecendo porém o Joaquim Moutinho em carro igual ao seu.
Eram lutas lindíssimas para os muitos espectadores presentes na Princesa do Ave, assim eram conhecidas as provas em Vila do Conde.
Barros ganhava ou era segundo, o seu maior adversário de então era Roberto Giannone no seu lindo e bem preparado Porche.
António Barros com assinalável êxito, corria no mesmo dia em duas corridas diferentes, saía de uma prova e rapidamente deslocava-se para a boxe mudando de carro, o Opel Commodor GSE Grupo1 acima de 1300cc. Aqui a luta travava-a com o Pêquêpê, Rufino Fontes, Joaquim Moutinho entre outros.
Barros tinha sempre em todas as corridas o seu irmão Belmiro a puxar por ele, como se fosse este que estivesse lá dentro, eram muito bonitas as corridas de então.
Barros abandona as corridas a conselho do seu médico, mas continua, pois encontrava-se nas boxes a ajudar o seu pupilo ou seja o seu filho António Barros Júnior.
Grande piloto que nos deixa extremas saudades nas provas de velocidade.

CHALLENGE C2 /TOTAL

Piloto apoiado pela Filinto Mota de nome Armando Oliveira /Joaquim Duarte reside em Alfena e venceu o Citroên Challenge C2 /Total Organizado pela Citroên Portugal.
Ano passado vice – campeão, perdendo para Vítor Pascoal / Pedro Barbosa onde no corrente ano e mesmo Troféu era o tudo ou nada. Oliveira confirmou isso mesmo vencendo, embora com uma luta sem tréguas para o piloto de Penafiel Rodrigo Ferreira /Mário Castro.
Ambos vencem o mesmo número de Rallys, nomeadamente três, tendo no final do campeonato somente dois pontos a separá-los.
No Rally do Algarve e última prova do Challenge C2/Total, Armando Oliveira não precisava de vencer e gere a prova a seu belo prazer em função da pontuação, saindo do Algarve com o título ganho.
No terceiro lugar do Troféu ficou a dupla Armindo Neves/ Filipe Serra em estreia absoluta nos Rallys, apoiada por StationMarché, que neste último Rally esteve em luta para o 1º lugar e não fosse um furo teriam ganho o Rally.
Os meus parabéns à organização da Citroên C2 / Total pelo desempenho e competitividade deste Troféu.
Há descoberta de novos valores.

FORMULA PEUGEOT 206 GTI

Machado dos Santos mais conhecido entre os “amantes” deste desporto por (Mex), navegado por António Costa da M.Coutinho Esso Competições, consagraram – se campeões no Rally Mortágua a uma prova do final do campeonato (Rally Casino do Algarve).
Campeões sem dúvida justos mas sem grande luta diga-se de passagem, pois a dupla de Murça António Rodrigues (Tozé para os amigos) / Jorge Carvalho da Compecar Motorsport FAVAITO foram perseguidos pelo azar e tiveram que abandonar duas provas infelizmente.
Esta dupla, ao longo do ano demonstrou um andamento e um talento natural acima da média, em que no Algarve esse talento esteve em evidência ao ganhar cinco das oito classificativas e consagrando-se vice campeão. Necessita pois de uma nova montada para poder evoluir, talento não lhe falta, assim o ajudem. Fica ainda como palmarés a ultima vitória deste Troféu, bem dirigido e organizado pela Peugeot Portugal.
Uma palavra de apreço também para a dupla Tiago Raposo Magalhães / José Janela pelo excelente andamento e pelo terceiro lugar nesta Formula, provando que tem os genes do irmão.
Corre-se assim o pano sobre mais uma iniciativa que vai deixar muitas saudades dentro do panorama dos Rallys Nacionais, muito louvável de todos os pontos de vista.

ARMINDO ARAÚJO

Armindo começa a correr enduro com apenas 15 anos de idade sem que os seus pais tivessem conhecimento. Inicia um campeonato no ano 99 e no ano seguinte resolve com o amigo Pedro Queirós fazer o Rally em Stº Tirso a contar para o campeonato de iniciados, onde participam com um Renault Clio 16 V (alugado) e terminam em segundo lugar. Não satisfeitos com a classificação alugam um Saxo à Competisport e consagram-se campeões de iniciados. Obrigados a passarem ao Nacional tomam a opção de correr no Troféu Saxo, dando início à dupla Armindo Araújo/Miguel Ramalho com um único objectivo, o de serem campeões e no final do ano, objectivo alcançado, o mais alto lugar do Podium.
Recebe um convite oficial da Citroên de Raul Pereira para fazer o Nacional em Saxo Kit Car e vence 2 campeonatos absolutos.
Nos anos 05 vai para a Mitsubishi pilotar o Lancer de tracção Integral, passa uma semana na Finlândia a testar e aprender a conduzir tracção total, vencendo a primeira prova, sendo campeão de produção e absoluto.
Em 06 vence o Rally de Portugal na frente das estrelas internacionais como Marko Martin, consagrando-se uma vez mais campeão Nacional, é assim, Tetra campeão absoluto do nacional de Rallys em Mitsubishi Lancer Evo IX.

Recebe novo convite, este agora de Carlos Barbosa, presidente do ACP para efectuar um teste em WRC na Ford Motorsport de Malcom Wilson, em Inglaterra. Um feito só ao alcance do nosso saudoso Carlos Bica em Lancia Delta Integral da Duriforte.
Armindo o piloto de Stº Tirso não tem mais nada a provar dentro de portas, agora só se espera a sua internacionalização além fronteiras mais propriamente o campeonato do mundo.
Senhores patrocinadores apostem neste jovem com garras, pois acreditem que não ficam defraudados, antes pelo contrário é um investimento de sucesso garantido.

BRUNO MAGALHÃES

Bruno passa pelo Troféu Peugeot 206 no qual foi Campeão no ano 2004, acompanhado com Paulo Grave. Chamado pelo Carlos Barros (chefe do Departamento de Competições da Peugeot Portugal) em detrimento de Miguel Campos, face à sua vitória no Troféu.
Ano 2005 passa a piloto oficial Peugeot Total e nesse mesmo ano consegue um terceiro lugar no Rally F.C.P. à geral, vencendo a classe S 1600 após vários abandonos derivado à falta de fiabilidade do carro.
No corrente ano e depois de conseguirem a desejada fiabilidade e competitividade, com um kit de mãos Bruno Magalhães/ Paulo Grave alcançam o desejado titulo em S1600.
Aguarda esta dupla, novos desafios para 2007, ao confrontarem-se com outro tipo de condução, a tracção total no Peugeot 207 S2000, muito mais competitivo.
Desejo a todo o Team Peugeot 207 S2000 Total incluindo os pilotos, as maiores felicidades e que tudo corra face às vossas expectativas para a nova época.

FERNANDO ALONSO

A paixão de Alonso pelas corridas inicia-se quando o seu pai Luís lhe oferece aos três anos de idade como presente de Natal, um kart a pedais. Posteriormente com oito anos de idade faz o campeonato de karting no seu país e é campeão das Astúrias, correndo nas diversas categorias de karting sendo campeão em todas ao longo dos 10 anos de Karting.
Em 99 faz o Euro Open Movi Star séries e vence novamente. Ano 2000 participa na fórmula 3000 onde é primeiro classificado em SPA, Bélgica. Ano seguinte (2001) pilota pela 1ª vez um F 1.
Na Minardi em 2002 é piloto de testes da Renault, em 2003 passa a piloto oficial e vence na Hungria. Ano 2005 ganha cinco corridas e torna-se campeão do mundo, realçando como mais valia a ultrapassagem para muitos considerada “do ano” ou de antologia, em que Alonso bate Shumacher na curva 130R em Suzuka, ultrapassando-o por fora, após diversas tentativas de Shumacher bloquear a passagem.
Actualmente (ano 2006) é bicampeão do mundo e o mais jovem piloto na história da F1 com sete vitórias em que numa luta fratricida com Shumacher leva a melhor sobre este, o que abona em seu favor, pois não é todos os dias que se bate um piloto como Shumacher, com um palmarés invejável, sendo uma mais valia para Fernando Alonso.

NICKY HAYDEN

Piloto Norte Americano do Kentucky em Honda RC211V do Team Oficial Honda consagrou-se o fim de semana passado no Grande Prémio da Comunidade Valenciana, campeão Mundial de Moto G.P.
Valentino Rossi em Yamaha apresentava-se como principal favorito ao ceptro de campeão. Pois com oito pontos de vantagem sobre Hayden (que no G.P. anterior, Portugal, foi albarroado pelo seu colega de equipa Dani Pedrosa) tinha praticamente o titulo no bolso, mas à quinta volta e depois de sair da pole position, Valentino vai ao tapete e deita por terra todas as aspirações ao titulo, entregando de bandeja ao Norte Americano o campeonato do Mundo.
Está assim provado que os campeões também erram, depois de uma prova a todo o título desastrosa.

FRANCISCO BARROS LEITE

Depois de dois anos consecutivos na Fórmula Peugeot 206 GTI com resultados um pouco abaixo das suas expectativas, Barros Leite muda-se de armas e bagagens para a Taça Diesel no Nacional de Rallys. Estreia-se com um novo navegador, Luís Ramalho em Seat Ibiza Cupra, irmão de Miguel Ramalho Navegador no Todo Terreno de Miguel Barbosa e de Armindo Araújo nos Rallys
Considera-se assim, Luís Ramalho uma mais valia para o Team BL Sport em que vence as cinco primeiras provas e sagra-se campeão nacional da Taça Diesel, com algum mérito diga-se de passagem, pois aposta na fiabilidade em detrimento da competividade e obtêm as cinco vitórias acima referidas.
Parabéns Francisco e Miguel Ramalho.

FILIPE ALBUQUERQUE

O jovem piloto de Coimbra Filipe Albuquerque, com apenas 20 anos de idade deu este fim de semana uma prova cabal das suas potencialidades, ao conquistar os dois campeonatos em que tem participado, nomeadamente a Fórmula Renault 2000 ou seja Eurocup Formula Renault e o Campeonato do Norte da Europa na mesma categoria.
Albuquerque nasce na escola do karting nacional e abona uma reviravolta na sua carreira ao ser chamado às escolas da Red Bull por um Sr. de origem Austríaca (que é só um dos maiores empresários do mundo, segundo Niki Lauda Dietrich Mateschitz) e fundador da mesma.
Penso ainda que é o piloto nacional mais próximo da formula 1 visto ser apoiado por uma estrutura muito bem defendida como são as escolas da Red Bull, ou não tivesse duas equipas a participar no campeonato do mundo de F1 a Red Bull e Toro Rosso.
Filipe tem superado com mestria e potencial que merece por direito próprio um lugar na F1. A Red Bull sabe muito bem disso, pois com uma desvantagem de 18 pontos desde a última corrida para o seu mais directo adversário Van der Drift, em duas corridas Filipe faz as pole position e ganha as duas provas.
No final a própria Red Bull convida Filipe a correr no Júnior Team com vista a leva-lo à GP2, a antecâmara da Formula1.

O ALSACIANO

Sebastien Loeb nasce em França no ano de 1974, conclui o curso de Educação Física mas não é essa profissão que escolhe para seu futuro. Em 95 inicia o seu percurso nos Rallys, na sua terra natal, aos comandos de um Peugeot 106. Assim nasce uma estrela para os Rallys.
Em 99 faz pela 1ª vez a estreia no mundial na Córsega em Citroên Saxo kit Car, diga-se em abono de verdade com relativo sucesso.
Ano 2001 é campeão do mundo na super 1600 vencendo seis Rallys com o Citroên Saxo.
Três anos consecutivos de 2004 a 2006 é campeão mundial pela citroen de em Xsara WRC, ao lado de Daniel Elena , sendo este último ano campeão pelo team Kronos Racing, team privado.
Actualmente possui um palmarés de 28 vitórias no mundial, disputadas em WRC e tem todas as possibilidades para conseguir o recorde de Tommy Makinen que são quatro campeonatos mundiais consecutivos.
Actualmente encontra-se a recuperar de um acidente de BTT, não sabendo quando voltar a pilotar em Rallys, mas já com o título “in pocket”.