REVIVER O PASSADO

O Automóvel Clube de Portugal (ACP) organizou o 1º rally de Portugal de Históricos. Um retorno sucesso a avaliar pela lista de inscritos com cem inscrições entre portugueses, espanhóis e belgas. O seu traçado foi pensado com o objectivo de homenagear o nosso saudoso César Torres em que se registam as especiais míticas como: Montejunto, Figueiró dos Vinhos, Freita, Arganil, a noite de Sintra (inserida na Lagoa Azul e Peninha) e acabar num slalom no Estoril.
Quanto à parte competitiva a luta foi travada entre Carlos Hipólito em Porche 911 Carrera, Camilo Figueiredo e António Caldeira em Datsun 240 Z, de cortar a respiração. Ao fim de 500km a lutar contra o cronómetro o rally foi decidido na emblemática classificativa de Freita pois a PEC foi feita com nevoeiro vindo ao de cima a experiência da dupla Camilo Figueiredo e António Caldeira que voaram para a vitória.
Um reviver para pilotos e máquinas de outros tempos com um assinalável êxito.

PS: Uma palavra de agradecimento pelo sucesso ao Sr. Presidente do ACP Carlos Barbosa pelo nível organizativo e o fazer lembrar os bons velhos tempos do nosso TAP.

A MONTANHA PARIU UM RATO

A Scuderia Ferrari deu um tiro no pé no circuito de Suzuka ao ter partido calorosamente o motor em que Michael Shumacher praticamente com a corrida ganha, mais o campeonato de pilotos permite o abandono. Mas quem tudo quer nada tem, lá diz o ditado e é bem verdade.
O team de Maranello não precisava de atacar tanto como o fez, pois o motor era o mesmo que tinha ganho no grande prémio da China sendo previsível de partir, como veio a acontecer.
Shumacher ao declarar em Imola perante os tifossis que abandonaria no final de época após abandono de Fernando Alonso (com o mesmo problema com o motor partido a dez voltas do final do G.P de Sepang), pôs a Scuderia e todo o seu staff técnico sobre pressão psicológica (ao querer sair em grande) com consequências imprevisíveis, como veio acontecer.
Como disse Sir Jackie Stewart: “… a despedida de Shummy é inoportuna antes do final do campeonato, pois até ao lavar dos cestos é vindima…”.
Shumacher ao sair do Japão em branco praticamente disse adeus ao campeonato de pilotos e pior que isso sai pela porta pequena depois de um palmarés invejável mas sem carisma. Lamentável.

RALLY AZINHAGO

A dupla Jorge Pinto/ Nuno Catarino em Peugeot 206 GTI do Team Compecar Motorsport teve no rally do Centro uma prova para esquecer. Após uma curva + + + a cerca de 160km a roda do Peugeot saltou fora e levou esta dupla a um inevitável despiste (violentíssimo) com vários capotanços, como documenta a foto. Sem consequências físicas quer para o Jorge quer para o Nuno.
Evidencia-se assim, que nos Troféus não se anda a passear e como se ouve por vezes espectadores dizerem para os amigos “…eu até fazia melhor…”, o que não parece ser a realidade.
Demonstra ainda que os actuais carros de Rallys têm um elevado nível de segurança e que a uns anos atrás não existia.
Como apaixonado deste desporto e amigo do Nuno desejo-vos Jorge e Nuno um regresso o mais breve possível em grande e que a sorte vos acompanhe para o próximo rally, pois competitividade não vos falta assim não tenham o azar que este rally vos proporcionou.
Um bem haja.