HOMENAGEM A ANTONIO BARROS

António Barros era um piloto a todo o título louvável e digo era porque já não faz parte deste mundo, infelizmente.
Muito competitivo e destemido como nunca vi em toda a minha vida, nunca virava a cara à luta e por vezes com carros inferiores aos seus adversários, nunca desistia. Recordo-me por inúmeras vezes as corridas do Grupo 2/ 3/ 4/ 5 acima de 1300cc em Vila do Conde no início dos anos 80 com o Porche Aurora, da garagem Aurora do Mestre Eduardo, lutar com Roberto Giannone em Porche Carrera RSR preparado em França nos irmãos Almmeras e ainda com Celestino Pereira no Detomazo Pantera, não esquecendo porém o Joaquim Moutinho em carro igual ao seu.
Eram lutas lindíssimas para os muitos espectadores presentes na Princesa do Ave, assim eram conhecidas as provas em Vila do Conde.
Barros ganhava ou era segundo, o seu maior adversário de então era Roberto Giannone no seu lindo e bem preparado Porche.
António Barros com assinalável êxito, corria no mesmo dia em duas corridas diferentes, saía de uma prova e rapidamente deslocava-se para a boxe mudando de carro, o Opel Commodor GSE Grupo1 acima de 1300cc. Aqui a luta travava-a com o Pêquêpê, Rufino Fontes, Joaquim Moutinho entre outros.
Barros tinha sempre em todas as corridas o seu irmão Belmiro a puxar por ele, como se fosse este que estivesse lá dentro, eram muito bonitas as corridas de então.
Barros abandona as corridas a conselho do seu médico, mas continua, pois encontrava-se nas boxes a ajudar o seu pupilo ou seja o seu filho António Barros Júnior.
Grande piloto que nos deixa extremas saudades nas provas de velocidade.