FILHO DE PEIXE SABE NADAR

A dupla António Rodrigues/ Jorge Carvalho da fórmula Peugeot 206 GTI demonstrou que tem que ir a bruxa (eu não acredito em bruxas mas que as há, há…).
Após duas vitórias, Casino da Povoa e Rally de Portugal, o infortúnio tem lhe batido à porta e este teve uma pequena saída de estrada no F.C.P. na PEC da Lameirinha quando a meio da PEC já ia a “papar” oito segundos ao seu rival Mex. Azar este, já no final em que “a pequena saída” foi logo num local onde não haviam espectadores para os ajudar e leva-os à desistência.
Costuma-se dizer que um azar nunca vem só e ao que parece ser verdade (pelo menos que termine por aqui Tozé) pois no rally do Centro um furo na roda traseira (foto em anexo) leva novamente a uma ligeira saída com um sobreaquecimento do motor e nova desistência.
Ao abrigo do Super Rally o piloto volta novamente à estrada e assim demonstra todo o seu potencial mesmo com o carro debilitado, fazendo uma vitória e dois segundos lugares como um grande campeão.
Amigo Tozé na eventualidade de não conseguires o almejado titulo não tens nada a provar, pois potencial não te falta para voos mais altos.
Desejo-te as maiores felicidades para os próximos Rallys
Teu amigo Salvador

QUEM SABE NUNCA ESQUECE

Excelente prova da dupla José Rodrigues e Armando Veiga no Rally TT Castelo Branco em Toyota Rav 4 da Salvador Caetano Competições.
Após ter pendurado o capacete e o fato de competição à cinco anos atrás, José Rodrigues (o Murciano para os amigos) demonstrou que velhos são os trapos e se não fossem os imponderáveis de uma prova de TT (pura e dura) tais como, um furo que o fez perder sete minutos para substituição da roda, um sobreaquecimento do motor que o fez mudar a cartografia do motor a nível de electrónica e a consequente perda de potencia deste, o que fizeram perder bastante tempo, estou convicto que sem estes problemas esta dupla estaria sem sombra de dúvidas no pódio.
Mesmo assim no segundo sector selectivo com o handicap de todos estes problemas mostrou ser muito competitivo como o demonstra a foto em anexo
Fico grato à Salvador Caetano Competições na pessoa do piloto João Ramos e a todo o staff técnico,
a escolha acertada e que continuem nesta aposta para as próximas provas, pois ainda está o vice campeonato ao alcance deste Team.
Um bem haja José Rodrigues Armando Veiga

TELMO PEREIRA

Piloto actualmente fora do activo fez parte do team Suzuki Shell Portugal juntamente com Alexandre Vieira emigrante radicado em França à vário anos e Michel Graziano. Esta tripla de grandes pilotos fez o mundial de resistência na moto Suzuki com muito êxito nas 24 horas de Le Mans e no Bol Dor.
Um belo dia vou à exponor ver uma exposição de competição e encontro o Telmo, uma pessoa muito afável e simpático. Palavra puxa palavra e diz ele: … em provas deste gabarito é preciso muito espírito de equipa e consistência para obter bons resultados… os quais compreendi perfeitamente. Pergunto eu: e consumos? Como é que gerem o consumo, uma das técnicas mais importantes penso eu numa prova de resistência? Ele confidencia-me: “nós temos dentro do depósito uma esponja para pudermos dar mais uma ou duas voltas a mais”, eu na minha inexperiência fiquei estupefacto. Um bem haja amigo Telmo fiquei esclarecido.

PS. Uma boa sorte para o nosso piloto nacional João Contentes Fernandes que vai fazer a nossa prova do Estoril em 250cc a contar para o mundial.

AO PILOTO NI AMORIM

Piloto multifacetado conhecido entre os demais por Ni.
Inicia a sua carreira nos Rallys em Ford Escort RS 1800 Grupo4, o qual obteve excelentes classificações.
Posteriormente dá continuidade à sua carreira no Campeonato Nacional de Velocidade, onde tive o prazer de assistir a algumas dessas provas em Vila do Conde “Meca da Velocidade no Norte de Portugal”, agora extinta.
Piloto oficial da Opel Portugal em Astra2000 tendo conseguido o título de Campeão Nacional de velocidade no ano de 1994.
Ano seguinte rumo ao DTM fazendo parte do Team Reinhard Joest em Opel Calibra evidenciando resultados positivos.
Em 99/00 faz parte do Team Oreca de Hugh Chamberlain com um Viper ultracompetitivo.
Actualmente permanece no Campeonato Espanhol GT com o Ferrari 360GTC da Scuderia Playteam fazendo equipa com o Manuel Gião e com excelentes resultados.
É hoje em dia a equipa de entre as diversas Team´s Portuguesas a melhor classificada.

Assim, este grandioso Piloto de nome Ni Amorim um exemplo a seguir para a futura geração de pilotos nacionais.
Bem haja caro Ni e Manuel Gião.

REGRESSO ÀS ORIGENS

É com muito agrado e satisfação que revejo o meu amigo Zé Rodrigues voltar ao Campeonato Nacional de Todo Terreno. Iniciando a sua carreira no Troféu Datsun 1200 e a sua passagem pelo autocross em Toyota Trueno, Zé Rodrigues volta ao Team Salvador Caetano, equipa esta que o viu nascer e com a qual o Piloto foi Campeão em T2 com o Toyota LandCruiser.
Hoje novamente chamado à equipa Toyota fazendo dupla com José Veiga, João Ramos e Victor Jesus em Rav4.
Parece-me pois uma excelente opção na selecção desta dupla José Rodrigues/Armando Veiga por parte do Team Toyota pois o Piloto João Ramos possui ainda elevadas possibilidades de se consagrar Campeão Nacional de Todo o Terreno e assim sendo esta dupla possui condições para ajudar a equipa nesse objectivo.

Boa Sorte para todo o Team na próxima prova em Castelo Branco

STARZONE

Exmº Sr. Luís Vicente, não posso deixar de falar neste Post sobre o extinto Team Portugal.
Desculpe a minha franqueza e honestidade mas este projecto do team foi um nado-morto ou
seja nasceu logo morto. Passo a enumerar a minha opinião: depois de ter o apoio de figuras públicas, tais como, Pedro Lamy, Luís Figo e Pedro Couceiro, é lamentável o Sr. não ter tido a sensibilidade para ver onde estavam os verdadeiros pilotos como é exemplo disso o Piloto Adolfo Castro.
Ter admitido pilotos que tinham influência (factor C ou seja a dita cunha), foi no que se viu a extinção do Team.
Pois, Adolfo Castro um piloto jovem e com um potencial acima de todos os seleccionados, com um palmarés que nenhum piloto da escola de karting alcançou (todos os campeonatos e taças de Portugal) como ninguém o fez até hoje. Só não tendo patrocínios para continuar.
Se assim não fosse o Sr. hoje via como Portugal era reconhecido além fronteiras através deste grande piloto.
Talvez por não ter tido uma justa selecção é que pilotos do calibre de Pedro Lamy se
demarcaram logo do seu projecto ficando imunes a responsabilidades.
Aguardo com expectativa o seu novo projecto Ibérico, sabendo fazer a selecção devida.

HOMENAGEM PÓSTUMA

De nome Richard Burns.
Piloto de que nos iremos lembrar muitas vezes.
Recordo um ano o Rally Vinho do Porto onde eu, a minha Kikas e a minha prima Carla fomos um dia antes do início do Rally para a serra da Cabreira em direcção a Cabeceira de Bastos. Chegados ao local pedi à minha prima para me chamar alguém do Posto de Turismo e lá vem um jovem de nome Pacheco. Pergunto eu: desculpa pedir para te deslocares ao meu carro mas sou tetraplégico e desejava saber onde passa o Rally. Ele muito espantado diz me que passa no dia seguinte e eu risposto referindo que venho mais cedo um dia devido à minha incapacidade física. Simpaticamente dá-me as informações necessárias, suba a serra por Abuim e no planalto vire a sua esquerda para a zona dos tanques, tem lá um belo sítio para armar a sua tenda. Logo de seguida e sem pestanejar diz: sabe que sou Marchal e por volta das 3 da manhã passo nesse sítio com uns amigos de Lisboa.
Ficamos grandes amigos e ainda hoje quando há Rallys do Nacional lá nos encontramos. “Obrigado Pacheco pela nossa amizade nunca a esquecerei”.
Assim e de acordo com o que foi dito, eram 3 horas da manha e estando nós os três a jogar as cartas aparece na tenda o n/ amigo Pacheco.
Às 6 horas da manha passam os batedores e lá se foi o nosso dormir.
A primeira passagem era pelas 10,30 e numa direita + + + vejo o Richard Burns com a roda direita de fora de estrada no tanque e eu em baixo junto ao mesmo. Simplesmente espectacular, não há palavras para descrever essa imagem que guardo em memória.
Depois da primeira passagem começo a olhar para o piso e a ficar preocupado a pensar como é que vou sair com o meu Tempra depois da 2º passagem…Uns amigalhaços que residiam em Moinho de Rei dizem para não me preocupar que para o caso de ficar atascado “nós vamos tira-lo de lá”.
Não foi preciso mas num gancho a direita quase que era aí que ficávamos.
Obrigado a todos os amigos de Moinho de Rei e o Muito mesmo Muito obrigado onde quer que estejas Richarde Burns pela visão que me ofereceste naquela direita simplesmente divinal como tu e só tu sabes fazer.

FREITA 2 ASFALTO

No ano seguinte como apaixonado que sou e não me impedindo a minha cadeira de rodas volto eu com a ajuda dos meus amigos, uma vez mais o Nelo Padeiro, o Nelson Figurão e a minha Kikas. Saímos de casa pelas 13 Horas no meu Tempra 1.4 SX com os seus 78 cavalitos rumo a Arouca. Terra do Fernando Peres.
Chegando à capela, ponto de referência e viramos á direita para a serra um pouco atrasados. Quase não subíamos, pois atrás de nós seguiam uma coluna de jipes da GNR, eram para aí uns 30 jipes. Nunca vi tanto jipe em fila indiana a subir a serra.
Acomodámos numa escapatória enorme pois zonas espectáculo não existiam nessa altura (isso é um luxo dos tempos modernos).
Chegam uns alfacinhas eram umas 20 pessoas e com eles uma Ford Transit a fazer de cozinha e com cozinheira particular. Diziam estes que metiam uma semana férias para ver o Rally. Vejam só o carisma que a nossa prova tinha para nós os apaixonados deste belo desporto que tantos amamos.
De entre todo o espírito de diversão existente nas provas o Nelson Figurão e o Nelo chegam perto de mim com uma enorme pedra de gelo, nunca visto.
Os pilotos passaram às 22 horas e nesse intervalo fomos para a sala de jantar improvisada ao ar livre em volta de uma enorme fogueira comemorar a vitória do FC Porto, com o golo de Madjer de calcanhar e com os alfacinhas não muito satisfeitos, mas mesmo assim ofereceram nos uns Scotchs.
Eram fogueiras por tudo que era lado, tamanho era o frio. Mas nós não arredávamos pé, pois o espectáculo era soberbo de se ver, os discos dos travões dos carros oficiais em brasa na descida da Freita.
Linnnndo de Maaaaaais

FREITA 1 TERRA

Há uns anos a esta parte vou ver o Rally de Portugal à classificativa da Freita emblemática pela sua extensão e variedade do piso ou seja (asfalto versus terra).
Desloco-me mais o Manel Padeiro, Nelson Espanhol e a minha Woman Kikas. Chegando à queda da Mizarela por volta das 17 horas podíamos observar uma das quedas de água mais altas deste cantinho plantado a beira mar com cerca de 80 Metros de altura. Paradisíaco.
Por volta das 23 horas vimos passar os Lancia Integral do Markku Alen, Mikki Biasion, os Toyota Celica GT Four de Armin Schwartz, Juha Kankunen mais os Subaru Impreza 555 de Colin MacRae e o malogrado Richard Burns, um regalo para as vistas.
Os níveis de adrenalina que não lembra aos comuns dos mortais, aquelas baterias de Faróis ligados parecia de dia.
Vimos a natureza em todo o seu esplendor uma Águia a planar com uma Lebre nas suas garras. Era ainda uma romaria de fãs com o farnel, garrafões e grades de cerveja pela PEC.
Recordo também a oferta de uns fãs de Oliveira de Azeméis, pão-de-ló e queijo da serra com latas de sardinha. Pessoas essas muito humildes mas com um coração de enaltecer. Um bem-haja a todos vós, um belo dia de rallys a moda antiga.