o Cousa

Partilhar com todos os Fãs dos desportos motorizados, a experiência dos meus 30 anos por dentro do automobilismo de competição em On line, na minha cadeira de rodas.

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Tenho duas colaboradoras excelentes neste meu singelo BLOG. Uma é Fotógrafa minha esposa RL KIKAS A outra minha colaboradora a nível de TRATAMENTO DE IMAGENS é minha querida noiva SL Vivian Acosta Rivera As duas o muito obrigado

quinta-feira, janeiro 04, 2007

LISBOA DAKAR EUROMILHÕES


Pelo segundo ano consecutivo a 29ª edição do Dakar partirá de Lisboa e já com um recorde na lista de inscritos (quinhentos e vinte cinco concorrentes, motos 260, carros 187 e camiões 88).
Próximo sábado os concorrentes partem do Mosteiro dos Jerónimos rumo a Dakar, mais concretamente ao lago Rosa tendo pela frente 7915km entre 15 etapas e cinco mil quilómetros cronometrados.
Thierry Sabine o mentor desta aventura já falecido no ano 1986 num acidente de helicóptero ao despenhar-se contra uma duna devido a uma tempestade de areia (Fesch, Fesch), dizia na partida da prova: “…um desafio para quem parte, um sonho para quem fica...”
Loucura, aventura ou competição a dúvida manteve-se nos primeiros anos a prova era uma aventura, mas com o aparecimento das marcas oficiais o Dakar perdeu a aventura em pró da competição pura e não olhando a meios financeiros para atingirem os seus objectivos tais como mediatismo, espectáculo e negócio.
Marcas oficiais são três, a Mitsubishi de Dominique Serieys com os novos Pajero Evolution MPR13 sendo os favoritos à partida pois já vêem de seis vitórias consecutivas não esquecendo o plantel de luxo constituído por Stéphane Peterhansel com seis vitorias em moto, duas nos automóveis considerado o favorito, mais Luc Alphand campeão França de Esqui nos anos oitenta faz a sua estreia em 2004 pela BMW vence uma etape como X5 da X-Raid, foi vice no ano seguinte na actual equipe e no ano passado foi o grande vencedor, é um piloto candidato a vencer. Junta-se aos demais Hiroshi Masuoca também vencedor de dois Dakar mas considerado um piloto do tudo ou nada, tendo tido vários dissabores como no ano passado ao capotar sem razão aparente. Joan Roma é o delfim deste Team, vence no ano 2004 em moto e no ano seguinte entra na marca em detrimento de Carlos Sousa, ano 2006 bate forte e leva o seu navegador Henri Magne a padecer.
A marca quer vencer a todo custo em homenagem a HENRI MAGNE.
A Volkswagem inscreve também quatro Race Touraeg2 oficiais com um novo motor mais potente mas continua a aposta Diesel com uma faixa de utilização em baixas e altas com elevado binário e nova refrigeração, garantiu Kris Nissen director desportivo. Giniel de Villiers Sul Africano é o ponta de lança de marca, ano passado segundo lugar e tem como alcunha o africano dos carros. Carlos Sainz ano passado em estreia venceu quatro especiais e andou a comandar até ter problemas de motor, um valor a ter em conta para a vitória.
Ari Vatanen o Finlandês voador e Euro deputado, vencedor por quatro vezes, um recorde nos automóveis e ainda mantêm o recorde em etapas, continua muito rápido apesar dos seus 54 anos.
Mark Miller após a sua última participação com um quinto lugar, este Americano apoiado pela Red Bull tem sido uma agradável surpresa.
Carlos Sousa participa com um Race Touareg2 semi oficial (Phoenix Sport) mas com apoio técnico da marca, parte para esta prova para melhorar os dois últimos sétimos lugares dos anos anteriores.
A BMW leva este ano ao Dakar cinco carros oficiais da X-Raid de Sven Quandt, três BMW X3 CC de 3 litros Diesel com dois turbos (um para baixa rotação e outro para altas) e dois X5.
A piloto de ponta desta formação e única mulher vencedora do Dakar à geral é a Alemã Jutta Kleinschmidt com muita experiência nesta aventura de longos anos. Al-Attiya é o segundo piloto deste Team, o piloto do Qatar quer vingar a desistência do ano passado. Chicherit, nono ano passado e com uma vitória numa etapa vai tentar vencer mais etapas e melhorar o resultado.
Nos X5 temos o Espanhol José Luís Monterde e o Brasileiro Paulo Nobre.
Um outosider de peso e com uma palavra neste Dakar é a raposa do deserto Jean Louis Schelesser, vencedor em dois Dakar o Francês de 58 anos vai tirar partido do seu Buggy motor Ford V8 e da sua longa experiência principalmente nas etapas rolantes derivado à relação peso potência do seu carro.
Serão estes carros e pilotos que enumerei que irão vencer esta maratona de sangue suor e lágrimas que é o Lisboa Dakar.

DAKAR EM MOTOS


Nas duas rodas a KTM 660 Rally mais pequena, mais leve oito kg e com uma nova ciclística não tem adversários estando mais perto da recordista Yamaha com oito vitórias.
A marca Austríaca confirmará o seu sétimo triunfo consecutivo este ano, falta saber se será com o Team Repsol constituída por pilotos Espanhóis ou a Gauloises com os Franceses. Não esquecendo a outsider Red Bull KTM do americano Chris Blais quarto lugar ano passado.
Inovação este ano é a utilização de um colar cervical para os pilotos desenvolvido pelo médico Sul Africano Chris Leatt.
Do Team Repsol o vencedor do ano passado sem ganhar uma única etapa foi Marc Coma sendo este o favorito. A defender o título, Marc com um perfil psicológico extremo, “muito frio e calculista” encontra-se motivado tendo vencido a Taça do Mundo.
Giovani Sala Italiano cinco vezes campeão de enduro será um piloto muito rápido e uma mais valia para a Repsol.
Jordi Viladoms é a jovem esperança do Team ocupando o lugar do Chileno Carlo de Gavardo.
No Team Gauloises Cyril Després espera-se a vingança face ao ano passado em que após ter tido uma queda provocando-lhe a luxação na clavícula e mesmo diminuído fisicamente vence quatro etapas e termina no excelente segundo lugar. Bom a navegar, muito consistente e com um verdadeiro espírito do Dakar Cyril é talvez o piloto que vai vencer esta maratona.
Esteve Pujol muito rápido mas inconstante será o aguadeiro de Després, nunca o perdendo de vista. O outro aguadeiro da formação dirigida por Eric Bernard será Frans Verhoeven. David Casteau será um suporte ao seu chefe de fila Cyril.
David Frétigné na Yamaha 450F Motor France de duas rodas motrizes será um outsider de respeito como tem provado nos últimos quatro anos ao vencer algumas etapas, mas longe de vir a vencer por ter uma moto menos potente que as KTM. Ausina Amparo primeira mulher Espanhola a terminar a maratona de moto irá fazer parte desta formação.
Hélder Rodrigues da Vodafone nono lugar à geral e vencedor nas 450, foi eleito o Rookie do ano 2006 sendo a nossa maior esperança nesta maratona. Inscrito numa Yamaha WR 450F do Team Bianchi Prata Competições da Vodafone tem como meta vencer novamente a classe e terminar nos cinco primeiros ente Team´s de fábrica. Garra e perfil não lhe faltam assim esteja a estrelinha da sorte ao lado dele.
Paulo Gonçalves irá lutar para a classe 450cc numa Honda CRF 4850 X Europe Repsol, a ambição do piloto de Esposende é entrar nos dez primeiros e subir ao pódium na classe, não esquecendo o ano passado em que este permaneceu cinco dias entre os dez primeiros.

CAMIÕES


Vladimir Tchaguin vencedor do ano passado volta a alinhar no Kamaz Russo procurando obter a sexta vitória e oferecer ao construtor russo um oitavo sucesso.
O seu mais directo adversário será o Holandês Hans Stacy no MAN em que venceu no ano 2006 cinco etapas até capotar o seu camião.
Os franceses Gerad e Jean de Rooy em DAF pai e filho têm uma palavra a dizer neste Dakar.
O grande ausente desta maratona Lisboa Dakar é o Rafael Loprais da Checoslováquia que já venceu seis vezes em Tatra, sendo um recordista desta maratona mas a conselho do seu médico encontra-se proibido de participar face a dores dorsais consecutivas.
Elizabete Jacinto vai tentar levar o seu novo MAN – M 2000 da Trifene 200 aos primeiros quinze lugares.
História curiosa é a do Yoshimasa Sugawara em Hino na qual o japonês com 65 anos de idade e diz que já tem idade para ter juízo mas volta sempre, este ano é o vigésimo ano sem desistir e já tem o seu filho como sucessor Teruhito.

MOTOCROSS


Já vem sendo um hábito há quatro anos a esta parte que Hugo Santos em Honda do Team Moto Garrano não passa bola aos seus adversários tanto no MotoCross como no Supercross.
Com apenas 23 anos o piloto de Chaves tem sido um osso bem duro de roer para Paulo Gonçalves na Honda, muito mais experiente que este mas não tem conseguido superá-lo já à quatro anos.
Na categoria SX2 Henrique Venda conquista o seu primeiro e único título.
Em enduro Hélder Rodrigues na Yamaha não dá hipóteses já há longos oito anos.
Fernando Ferreira venceu na classe1 com uma Yamaha.
No TT Mário Patrão em Suzuki venceu na classe rainha em TT1 e Fernando Ferreira em Yamaha venceu tal como Bianchi Prata em TT3 na Yamaha.
No Trial o campeonissimo André Garcia como é seu hábito não dá confiança aos seus adversários, já nem me recordo há quantos anos são campeões tal como Cristiano Fernandes na Yamaha em Super moto.

CAMPEONATO NACIONAL DE VELOCIDADE E OPEN


Vítor Mateus e Vasco Campos adquiriram dois Alfa Romeo147 completamente novos mas os problemas de juventude impediram-nos de vencer.
Pina Cardoso venceu o campeonato no Clio do ex. Troféu dos supermercados ACS apostando na regularidade e não fossem as ausências de Miguel Freitas no Honda Civic Type-R seria este o campeão com sete vitórias. José Monroy em Clio foi segundo classificado e Freitas terceiro.
Vítor Souto venceu três corridas e era o campeão do ano passado mas não quis defender o título.
No Open venceram os Radical da Challenger Gonçalo Araújo, ficando no segundo lugar o regressado João Barbosa/ Pedro Leite (um regresso que se saúda) e no último lugar do pódium Rodrigo Gallego.

NACIONAL DE MONTANHA


Entre cinco categorias que compunham o campeonato nacional de montanha só pontuaram quatro.
Na categoria1 Ferreira da Silva no Ford Escort Cosworth mais uma vez não deu hipóteses à concorrência. Esta por sua vez composta por António Cunha em BMW M3 e pelo seu filho Rui Ferreira da Silva no Mitsubishi Lancer EVO VII.
Categoria2 António Barros no seu belo Porshe Carrera RSR venceu e convenceu sobre Luís Alegria no Opel Manta seguido de António Nogueira em Porche GT2.
Categoria4 Ricardo Lima venceu no VW Golf G60 seguido de António Nogueira que não compareceu à totalidade das provas com o Ford Escort RS 2000 e José Pedro Gomes com o 3º lugar do pódium.
Na Categoria5 saiu vencedor Pedro Salvador não dando quaisquer veleidades a Joaquim Rino e Paulo Ramalho.

MOTOCICLISMO


Sopram ventos de mudança no nosso motociclismo de velocidade depois de alguns anos de ostracismo. Afirmo que este ano houve um grande empurrão positivo que se saúda no nosso motociclismo começando com o aparecimento de patrocinadores de peso como o Banco Português de Negócios, a Vodafone e Repsol, citando apenas os mais importantes.
Com listas de inscritos mais recheadas, campeonatos e categorias bem disputadas que auguram que 2007 seja um ano de boa colheita.
José Leite o piloto do Porto campeonissimo das 125cc venceu nas Stock-Sport 1000 com a Suzuki GSX- R1000 BPN a “categoria rainha no nosso país”. Leite deu um recital de bem pilotar a Rui Reigoto em Yamaha YFZ-R1 da Vodafone e Luís Carreira em Honda CBR 1000RR-06 Repsol, sendo estes o segundo e terceiro classificados.
Nas Stock-Sport 600 Nuno Silva venceu e convenceu com a Yamaha, deixando Hélder Silva na Honda a uma distância considerável.
Na categoria 85cc Sérgio Baptista em Honda foi superior a Filipe Costa na TM.
No Troféu Promocup Nuno Simões na Suzuki venceu na classe 1000 e Tiago Dias nas 600 em Yamaha.
No Troféu Mini-GP Ivo Lopes venceu com determinação.
Miguel Oliveira tem dominado as corridas do Troféu Metakrit em Espanha sendo uma grande esperança para o nosso motociclismo.

TAÇA NACIONAL DE CLÁSSICOS 1300 CC


A Taça Nacional de Clássicos 1300cc é um exemplo de coragem desportivismo e determinação.
A camaradagem entre os pilotos amantes do automobilismo que fazem tudo por tudo para comparecerem nas nossas pistas, por vezes com elevados sacrifícios de ordem económica (sendo estas corridas as mais económicas) mas que a paixão que nutrem sobrepõem-se à razão.
Em suma os verdadeiros desportistas, onde prontificam os Minis 1275 GT, CooperS, MG Midget, Datsun 1200, Unipower, Fiat 600 Abarth, Hilmman Imp, são os bravos do pelotão nas provas de clássicos de velocidade.
Venceu Sérgio Oliveira no seu bem preparado Datsun 1200 da Bragareboques mais devido à sua regularidade.
Paulo Antunes foi vice campeão no Datsun 1200 e Nuno Pimenta em Austin 1275 GT subiu ao pódio, tendo a separá-los somente um único ponto no final das sete corridas de duas mangas cada.
Paulo Antunes em carro idêntico da Tri Sport venceu sete provas, não pontuando em três e Nuno Pimenta no seu Austin Mini 1275 GT venceu seis e desistiu três tal como Paulo Antunes.
Recordo assim os finais dos anos setenta, início dos anos oitenta o Speaker da prova (Princesa do Ave) comunicar nos altifalantes colocados ao longo da pista: “ …senhores comissários de pista do Estrela Vigorosa Sport (o clube organizador) todos aos seus postos, vai-se dar início à corrida de grupo1 até 1300cc, senhores concorrentes é favor dirigirem-se para a grelha de partida…” e este vosso escrivã colocado na curva do Castelo à espera dos Simca Rally2 de Cerqueira da Silva, Luís Andersson (preparados na Jopauto de Jorge Paulo), Calha da Fonseca, Carlos Barata, juntamente com os Rally3 de Edgar Fortes, Nelson Cruz da Cardan mais o malogrado e meu conterrâneo Osvaldo Oliveira apoiado pela Pierre Axel camisas, iniciavam a volta de aquecimento e sobre um ribombar de foguetes dava-se a partida e novamente o Speaker “…senhores espectadores deu-se inicio a corrida de grupo1 até 1300cc…” e lá apareciam na curva da Seca de pé em baixo as “Abelhinhas” como eram conhecidos os Simca que por vezes entravam no Castelo três carros ao mesmo tempo aos saltinhos e encolhidinhos chapa com chapa naquela direita longa com Relevê a fechar no final. Estes eram os carros menos potentes do pelotão mas não deixaram de se verificar ao longo dos anos (70/80) belas corridas entre si, uma vez que a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting resolveu para 2007 organizar um campeonato próprio.
Assim resta-nos questionar onde andam os pilotos e os respectivos carros de outrora que faziam as delícias daqueles tempos e a história das corridas de Vila do conde.
PS. Tiro o chapéu a estes grandes pilotos que demonstram ao longo do ano e a pilotos de outras categorias como se devem comportar dentro e fora das nossas pistas. FAIR PLAY

AUTOCROSS - RALYCROSS


O corrente ano (2006) foi o mais bem disputado das últimas épocas no autocross e no ralycross com lutas de cortar a respiração até à última prova e nas diversas divisões destas categorias.
No Autocross mais concretamente na Divisão1 João Tabaio venceu o campeonato no seu Ford Escort de tracção Integral, mas somente na última prova é que pode cantar vitória uma vez que João Domingues no Focus foi um aguerrido adversário.
José Azevedo no BMW foi um sensacional terceiro classificado.
Na classe1 de duas rodas motrizes Joaquim Santos do Team Bompiso em Opel Astra foi o vencedor. Classe 2 Adão Pinto em Astra venceu e José Pedro Fonseca em carro idêntico foi vice campeão na frente de Vítor Mendes em Opel Kadett.
No Ralycross o piloto João Tabaio venceu e convenceu com o Ford Focus. Eduardo Veiga foi vice em Saab 9.3 da Total (ex. Per Eklund) e Joaquim Santos em estreia do Opel Astra OPC subiu ao último lugar do pódium.
Octávio Nogueira no Saxo Kit Car (ex. Armindo Araújo) dominou por completo a Divisão 2.

CAMPEONATO NACIONAL CLÁSSICOS VELOCIDADE


Troféu Nacional e Daniel Vidal em Chevron B19 da Fedex venceu. Refira-se o modo pouco ortodoxo desta vitória, pois ao não comparecer na última prova impediu que esta não pontuasse por falta de quórum e leva Ribeirinho Soares em Lola ao desespero. Carlos Barbot no Lola T 292 subiu ao pódium, classificando-se ainda Carlos Santos.
No Campeonato Nacional Clássicos Velocidade Joaquim Jorge no seu habitual Ford Escort não deu hipóteses a António Barros no Porshe 911 RSR em Históricos 1976.
Luís Oliveira no seu BMW 2002 venceu frente a Luís Nóvoa os Históricos 1971.