LISBOA DAKAR EUROMILHÕES
Pelo segundo ano consecutivo a 29ª edição do Dakar partirá de Lisboa e já com um recorde na lista de inscritos (quinhentos e vinte cinco concorrentes, motos 260, carros 187 e camiões 88).
Próximo sábado os concorrentes partem do Mosteiro dos Jerónimos rumo a Dakar, mais concretamente ao lago Rosa tendo pela frente 7915km entre 15 etapas e cinco mil quilómetros cronometrados.
Thierry Sabine o mentor desta aventura já falecido no ano 1986 num acidente de helicóptero ao despenhar-se contra uma duna devido a uma tempestade de areia (Fesch, Fesch), dizia na partida da prova: “…um desafio para quem parte, um sonho para quem fica...”
Loucura, aventura ou competição a dúvida manteve-se nos primeiros anos a prova era uma aventura, mas com o aparecimento das marcas oficiais o Dakar perdeu a aventura em pró da competição pura e não olhando a meios financeiros para atingirem os seus objectivos tais como mediatismo, espectáculo e negócio.
Marcas oficiais são três, a Mitsubishi de Dominique Serieys com os novos Pajero Evolution MPR13 sendo os favoritos à partida pois já vêem de seis vitórias consecutivas não esquecendo o plantel de luxo constituído por Stéphane Peterhansel com seis vitorias em moto, duas nos automóveis considerado o favorito, mais Luc Alphand campeão França de Esqui nos anos oitenta faz a sua estreia em 2004 pela BMW vence uma etape como X5 da X-Raid, foi vice no ano seguinte na actual equipe e no ano passado foi o grande vencedor, é um piloto candidato a vencer. Junta-se aos demais Hiroshi Masuoca também vencedor de dois Dakar mas considerado um piloto do tudo ou nada, tendo tido vários dissabores como no ano passado ao capotar sem razão aparente. Joan Roma é o delfim deste Team, vence no ano 2004 em moto e no ano seguinte entra na marca em detrimento de Carlos Sousa, ano 2006 bate forte e leva o seu navegador Henri Magne a padecer.
A marca quer vencer a todo custo em homenagem a HENRI MAGNE.
A Volkswagem inscreve também quatro Race Touraeg2 oficiais com um novo motor mais potente mas continua a aposta Diesel com uma faixa de utilização em baixas e altas com elevado binário e nova refrigeração, garantiu Kris Nissen director desportivo. Giniel de Villiers Sul Africano é o ponta de lança de marca, ano passado segundo lugar e tem como alcunha o africano dos carros. Carlos Sainz ano passado em estreia venceu quatro especiais e andou a comandar até ter problemas de motor, um valor a ter em conta para a vitória.
Ari Vatanen o Finlandês voador e Euro deputado, vencedor por quatro vezes, um recorde nos automóveis e ainda mantêm o recorde em etapas, continua muito rápido apesar dos seus 54 anos.
Mark Miller após a sua última participação com um quinto lugar, este Americano apoiado pela Red Bull tem sido uma agradável surpresa.
Carlos Sousa participa com um Race Touareg2 semi oficial (Phoenix Sport) mas com apoio técnico da marca, parte para esta prova para melhorar os dois últimos sétimos lugares dos anos anteriores.
A BMW leva este ano ao Dakar cinco carros oficiais da X-Raid de Sven Quandt, três BMW X3 CC de 3 litros Diesel com dois turbos (um para baixa rotação e outro para altas) e dois X5.
A piloto de ponta desta formação e única mulher vencedora do Dakar à geral é a Alemã Jutta Kleinschmidt com muita experiência nesta aventura de longos anos. Al-Attiya é o segundo piloto deste Team, o piloto do Qatar quer vingar a desistência do ano passado. Chicherit, nono ano passado e com uma vitória numa etapa vai tentar vencer mais etapas e melhorar o resultado.
Nos X5 temos o Espanhol José Luís Monterde e o Brasileiro Paulo Nobre.
Um outosider de peso e com uma palavra neste Dakar é a raposa do deserto Jean Louis Schelesser, vencedor em dois Dakar o Francês de 58 anos vai tirar partido do seu Buggy motor Ford V8 e da sua longa experiência principalmente nas etapas rolantes derivado à relação peso potência do seu carro.
Serão estes carros e pilotos que enumerei que irão vencer esta maratona de sangue suor e lágrimas que é o Lisboa Dakar.