TERTÚLIA NO CAFÉ MAJESTIC
Foi um rotundo sucesso a tertúlia no café Majestic ontem á noite na cidade do Porto, sobre a batuta de Francisco Santos organizador do Circuito da Boavista e António Catarino jornalistas com créditos firmados no meio automobilístico nacional, e além fronteira.
Apesar do temporal que se abateu sobre a Cidade do Porto e como apaixonado que sou pelo automobilismo, não poderia de faltar a este evento enriquecedor, do ponto de vista desportivo.
Na mesa de honra encontravam-se Joaquim Moutinho, Edgar Fortes, Jorge Ortigão, Rafael Cid, e Fernando Peres.
Entre os Presentes, Fernando Baptista, João Baptista do Targa Clube, Sprateley, Rufino Fontes, ex. pilotos de Rallys e Velocidade e os Co-Pilotos João Baptista e José Luís Nascimento.
Das várias questões feitas aos pilotos e navegadores, por António Catarino, e Francisco Santos, sobresai algumas de gargalhada geral, entre os presentes.
Como aquela de Fernando Peres no início da sua carreira com o Ford Sierra na Madeira após atropelar mortalmente uma “ovelha”, comunica a ocorrência á organização, seguindo até a final do Troço os organizadores muito preocupados dirigem-se a Peres, dizendo-lhe, nos Hospitais da Madeira não deu entrada nenhuma “velha” falecida .
E aquela do carro de sete vidas narrada por Joaquim Moutinho, era um Austin Maxi 1750 com 120 cv de sete velocidades da J. J. Gonçalves, em que o carro era um autentico charuto, levava tanta pancada mas resistia sempre, até que lhe sai uma roda e a respectiva suspensão e é consequência desistência para alívio dos seus pilotos.
António Catarino questiona Moutinho se voltaria á competição? E Joaquim Moutinho refere que após o violento acidente nos Açores com o Renault 5 Turbo, com o amarelinho da Renault NG-41-81 esta hipótese está fora de questão.
Jorge Ortigão refere que os rallys de outrora não tem nada a ver com os actuais, num rally no Algarve em que Moutinho lhe empresta um Datsun 1200 para a prova, Ortigão fica com a caixa encravava em quarta, é obrigado a vir para o Porto pela N1 com essa velocidade engrenada, pois os carros de rallys de então eram os do dia a dia.
Rafael Cid refere que como piloto dos primórdios da Diabolique no Ford Escort RS, num Rally fica com a manete de velocidades na mão, Luís Dias chefe de mecânicos resolve o problema com um cabo de martelo e lá prossegue novamente.
Fernando Baptista do Targa diz que no tempo dele na J.J. Gonçalves gastavam-se 2500 contos para correr com cinco Cooper S três de rallys para César Torres Manuel Gião e o dele, e dois para a velocidade.
Entrevem Edgar Fortes, dizendo que no ano 1985 a Renault Portuguesa capitaneada por Ana Margarida Loureiro gastava essa quantia só em pneus.
Rufino Fontes fala numa maior divulgação das provas, e dá como exemplo o Rally F.C.P. de Carlos Cruz, que na Super Especial da Alameda do Dragão teve aproximadamente 20 000 espectadores.
Foram recordados pilotos que já não estão entre nós tais como, César Torres, Manuel Gião, Vasco Sameiro, Mêquepê, Raposo Magalhães, António Barros, que deixaram alguma nostalgia presente.
Um palavra de agradecimento para os moderadores deste evento, como a todos os pilotos e público em geral que gostam de automóveis de competição, pelas três horas bem passadas no Café Majestic que passaram num ápice.
Que se realizem muitas mais, pois podendo não faltarei a estás enriquecedoras Tertúlias.
Abraços Desportivos
Salvador www.o-cousa.blogspot.com
PS: Fico grato pelos autógrafos a todos os pilotos, e aos moderadores, não esquecendo Pedro Castelo no meu livro CIRCUITO DA BOAVISTA 2005.