CONTENTE FERNANDES
Piloto dos primórdios do motociclismo em Portugal
Contente Fernandes nascido a 18 de Maio de 1953, casado com Guida tem dois filhos, o João nascido a 7 de Março 1977 e Maria nascida a 14 Abril 1982.
Piloto de coragem, tenacidade, persistência e competitividade correu mais de dez anos.
Foi campeão três anos, no nacional de velocidade motos (anos áureos da nossa velocidade em Portugal com todas as dificuldades daí inerentes à expansão da modalidade).
Tudo começou quando um amigo da Amadora o convida a ver uma corrida na qual participa com a Suzuki 250cc de série e vence a prova.
Fernandes ficou entusiasmado e com o bichinho a morder-lhe (decorria o ano de 1972) então com 19 anos, estudante no 5º ano de liceu, Contentes sentiu que não eram os estudos que o fascinava mas sim as motos de competição.
Inicia-se nas lides com uma Suzuki 200, normalíssima, emprestada pelo cunhado, que estava na garagem estampada, alcançando um terceiro lugar no Estoril. Nesse mesmo ano correu com uma Saches 50 cc ficando em 6º lugar, também esteve para correr numa Triumph 650cc mas não tinha dinheiro para a ir buscar ao mecânico.
No ano 1973 o seu futuro sogro adquiriu uma Yamaha TD-3 250cc com a qual venceu a sua primeira corrida no Autódromo, ficando em quarto lugar numa prova internacional nesta mesma pista e vence a classe. Em Setembro desse mesmo ano estreia-se internacionalmente em Jarama pelo Team F. Caneças. Nessa prova seguia em nono quando caiu devido a ter montado um pneu traseiro usado ao contrário e na frente um pneu mais estreito.
No ano 1974 não houve corridas devido à crise energética, em 75 ganha só uma prova devido a pouca assiduidade. Em 76 a Yamaha recebe uma nova suspensão traseira do tipo “cantilever” realizada por Nuno André e fica em segundo lugar atrás do mesmo em Vila do Conde.
Em 77 foi campeão com a Yamaha 350 TZ na MOTOMODA (o primeiro campeonato de motociclismo realizado em Portugal) tendo vencido duas provas em Vila do Conde na ultima volta na curva do Castelo ao ultrapassar Nuno André na primeira corrida e na segunda corrida no mesmo sitio fez o mesmo a Manuel de Almeida.
Autódromo, vence também na última volta depois de ter estudado várias vezes o seu adversário ao ultrapassar no final da Parabólica António Teixeira.
Correndo ainda com um Kreidler 50cc. Participou em Jarama com a 250cc alcançando um meritório 6º lugar.
Segue-se um jejum de dois anos e volta em 80 participando somente em três corridas.
Nos dois próximos anos o titulo veio-lhe parar às mãos integrado no Team J. Pimenta com a Bimota Yamaha 350cc (uma das melhores equipes daqueles tempos) tendo vencido no primeiro ano 81 a rampa do Caramulo e Vila Real, sendo ainda, 7º na Internacional.
Circuito da Costa Verde consagra-se campeão nacional, com mais duas vitórias no Estoril.
Ano 1982 finaliza a sua carreira com mais um título de Campeão em 350cc na Bimota J. Pimenta com vitórias no Estoril (duas) e em Vila Real é 14º na Formula1 com a Bol d´Or. Ainda em 82 vence no Estoril em Super Produção Honda 1100R. Corre em Jarama e é 17º em 500cc.
Adversários que o mais marcaram ao longo da sua extensa carreira, Carlos Marques, Nuno André, Hermano Sobral, Manuel Santos, João Farinha, António Casquilho e António Teixeira.
Contentes Fernandes foi um exemplo de piloto para todos nós e se corre-se nos tempos actuais seria sem sombra de dúvidas um caso raro de sucesso em Portugal e além fronteiras.
Um bem-haja amigo Fernandes esteja onde estiveres amigo Salvador
Contente Fernandes nascido a 18 de Maio de 1953, casado com Guida tem dois filhos, o João nascido a 7 de Março 1977 e Maria nascida a 14 Abril 1982.
Piloto de coragem, tenacidade, persistência e competitividade correu mais de dez anos.
Foi campeão três anos, no nacional de velocidade motos (anos áureos da nossa velocidade em Portugal com todas as dificuldades daí inerentes à expansão da modalidade).
Tudo começou quando um amigo da Amadora o convida a ver uma corrida na qual participa com a Suzuki 250cc de série e vence a prova.
Fernandes ficou entusiasmado e com o bichinho a morder-lhe (decorria o ano de 1972) então com 19 anos, estudante no 5º ano de liceu, Contentes sentiu que não eram os estudos que o fascinava mas sim as motos de competição.
Inicia-se nas lides com uma Suzuki 200, normalíssima, emprestada pelo cunhado, que estava na garagem estampada, alcançando um terceiro lugar no Estoril. Nesse mesmo ano correu com uma Saches 50 cc ficando em 6º lugar, também esteve para correr numa Triumph 650cc mas não tinha dinheiro para a ir buscar ao mecânico.
No ano 1973 o seu futuro sogro adquiriu uma Yamaha TD-3 250cc com a qual venceu a sua primeira corrida no Autódromo, ficando em quarto lugar numa prova internacional nesta mesma pista e vence a classe. Em Setembro desse mesmo ano estreia-se internacionalmente em Jarama pelo Team F. Caneças. Nessa prova seguia em nono quando caiu devido a ter montado um pneu traseiro usado ao contrário e na frente um pneu mais estreito.
No ano 1974 não houve corridas devido à crise energética, em 75 ganha só uma prova devido a pouca assiduidade. Em 76 a Yamaha recebe uma nova suspensão traseira do tipo “cantilever” realizada por Nuno André e fica em segundo lugar atrás do mesmo em Vila do Conde.
Em 77 foi campeão com a Yamaha 350 TZ na MOTOMODA (o primeiro campeonato de motociclismo realizado em Portugal) tendo vencido duas provas em Vila do Conde na ultima volta na curva do Castelo ao ultrapassar Nuno André na primeira corrida e na segunda corrida no mesmo sitio fez o mesmo a Manuel de Almeida.
Autódromo, vence também na última volta depois de ter estudado várias vezes o seu adversário ao ultrapassar no final da Parabólica António Teixeira.
Correndo ainda com um Kreidler 50cc. Participou em Jarama com a 250cc alcançando um meritório 6º lugar.
Segue-se um jejum de dois anos e volta em 80 participando somente em três corridas.
Nos dois próximos anos o titulo veio-lhe parar às mãos integrado no Team J. Pimenta com a Bimota Yamaha 350cc (uma das melhores equipes daqueles tempos) tendo vencido no primeiro ano 81 a rampa do Caramulo e Vila Real, sendo ainda, 7º na Internacional.
Circuito da Costa Verde consagra-se campeão nacional, com mais duas vitórias no Estoril.
Ano 1982 finaliza a sua carreira com mais um título de Campeão em 350cc na Bimota J. Pimenta com vitórias no Estoril (duas) e em Vila Real é 14º na Formula1 com a Bol d´Or. Ainda em 82 vence no Estoril em Super Produção Honda 1100R. Corre em Jarama e é 17º em 500cc.
Adversários que o mais marcaram ao longo da sua extensa carreira, Carlos Marques, Nuno André, Hermano Sobral, Manuel Santos, João Farinha, António Casquilho e António Teixeira.
Contentes Fernandes foi um exemplo de piloto para todos nós e se corre-se nos tempos actuais seria sem sombra de dúvidas um caso raro de sucesso em Portugal e além fronteiras.
Um bem-haja amigo Fernandes esteja onde estiveres amigo Salvador
7 Comentários:
Amigo Salvador: e sempre bom sentir o carinho que alguem tem por aqueles de quem gostamos. Vejo que teve bastante trabalho de investigacao e que dedicou muito tempo para conseguir reunir tanta informacao. Por tudo isto e pelo apoio que sempre me dedicou, um grande abraco do seu amigo de Macau!
Foi com orgulho que soube que alguém escreveu sobre o meu Pai. Tal como o meu irmão diz, demonstra dedicação e entusiasmo nas palavras. Um grande piloto, um grande homem e um pai sempre presente. Ontem, hoje e daqui adiante.
São nestes momentos que nos emocionamos, por ver que o meu companheiro continua a ser lembrado. Ele que fez tanto pelo motociclismo é bom saber que estará sempre presente. E para mim será sempre o meu Campeão
Este Homem, sim o Autor do Blog, tem uma panoplia de informação particular inigualavel de fazer inveja a qualquer pessoa, arrecadada sempre com imenso sacrificio ao longo dos anos e nunca deixou cair por terra uma oportunidade dada para estar presente em muitos eventos desta modalidade.
um abraço salvador
A família Contente Fernandes é uma família de grandes homens, e o meu querido padrinho é sem dúvida um deles.
É bom saber que não é só na nossa família que ele continua presente, mas que também é lembrado e admirado por muitos fãs.
Não conheço o autor do texto, mas obrigada por esta homenagem ao meu querido tio e padrinho.
Filipa
Lembro bem algumas vezes de o ver correr. Era uma época em que as motos bem preparadas eram poucas mas as poucas que existiam eram bem pilotadas. Os circuitos eram um perigo e mesmos aqueles mais seguros como o autódromo do Estoril, tinham aquelas terriveis estacas com redes tão em voga dos circuitos de F1 do tempo do Alan Jones e do Villeneuve. Para os automóveis era bom mas para as motos era uma desgraça.
Belíssimo artigo
Recentemente achei um conjunto de fotografias do Team J pimenta
Seria interessante colocar aqui algumas deste grande piloto
Andre
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